O paradoxal bronze do Wanderlei
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Imagem marcante das Olimpíadas de Atenas em 2004 |
Olimpíadas de 2004. É quase linha de chegada, e
para orgulho de todos nós Brasileiros, tínhamos um compatriota galgando o
primeiro lugar.
Faltavam alguns metros quando de repente, do meio
daquela multidão que acompanhava a corrida que marcaria a vida daquele
corredor, surge uma figura amalucada, com roupa típica escocesa, segurando o
brasileiro e tirando dele a vantagem que ele havia conquistado sobre seus concorrentes.
O terceiro lugar foi
somente o que restou para o pobre do Wanderlei.
O terceiro lugar foi
somente o que restou para o pobre do Wanderlei.
Aquele dia, mesmo que só naquele momento, teve a
cor da medalha recebida no pódio. Sabe se lá o porquê de não terem dado a
premiação ao Brasileiro, uma vez que todos viram que não foi por sua culpa que
não obteve êxito em sua corrida. Azar o dele. Será?
Como diz um ditado "nem tudo que reluz é
ouro". Sei que talvez ele não caberia aqui, uma vez que somente sobrou uma
medalha de bronze para o protagonista dessa história. Mas assim mesmo
utilizando esse ditado e substituindo um metal precioso por um de menor
importância, poderia dizer que "nem tudo que pareça fosco, escuro sem
muito brilho é bronze". Você pode até falar, "mas que comparação mais
sem sentido?". Mas eu explicaria com outra pergunta: Quem foi o ganhador
da medalha de ouro naquela ocasião? Difícil de responder não é mesmo?
Talvez no país do "campeão", saberiam
responder a esse questionamento, mas para a maioria daqueles que assistiram àquele
acontecimento, incluindo a nação do "vencedor", saberão apenas dizer
que recordam que o ouro seria daquele brasileiro que foi impedido pelo
"louco de traje esquisito" de vencer a competição.
Com certeza ele já teria sido esquecido se
conquistasse a mais honrosa das três medalhas. Mas afinal de contas, que feito
tão grandioso seria conquista-la, uma vez que tantos outros já o fizeram em outras
ocasiões.
Melhor é uma quase derrota honrosa, não tendo méritos
pelo incidente que a encurralaram na, do que um ouro ganho da forma como
aconteceu em Atlanta, nas olimpíadas de 1988.
O velocista norte-americano, Call Lews, era tido
como imbatível, uma vez que já tinha comprovado para todos o seu potencial nas
pistas de corridas em outras provas. Porém, restou a ele a prata. A vitória
ficou com o Canadense Bem Johsonn, que também teve seu nome registrado na
história esportiva mundial, mas não pelo fato de ter ganhado o tão almejado
ouro olímpico.
Decorridas algumas semanas da competição, o
corredor canadiano foi pego no antidoping. O até então “homem mais rápido do
mundo” perdeu a sua medalha de ouro, não sendo reposicionado na competição pela
qual havia participado. O ouro foi entregue a Call Lews, que dedicou a vitória
ao pai morto e quem de fato seria o vencedor.
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